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  • Elisabete Tenreiro: Professora Que Morreu Tinha 71 Anos E Lecionava Como ‘Propósito De Vida'


  • Elisabete Tenreiro era professora de ciências da Escola Estadual Thomazia Montoro e veio a óbito após receber golpes de faca

A professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, lecionava ciências na Escola Estadual Thomazia Montoro. Ela morreu ao ser atingida pelas costas com golpes de faca por um aluno dentro da sala de aula. 

Outras duas professoras também ficaram feridas, mas não correm risco de morte. Elisabete, porém, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP.

De acordo com uma das filhas, Elisabete tinha a educação como missão e sempre foi querida pelos seus alunos pelas escolas que passou.

"Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achava que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhava com isso. Ela era muito querida por onde ela passou."

Elisabete começou a lecionar a partir de 2015 e já estava aposentada desde 2020. Antes disso trabalhou como técnica no instituto Adolfo Lutz. 

O Ataque

Uma câmera de segurança dentro da sala de aula gravou o momento do ataque. As imagens mostram quando o adolescente de 13 anos invadiu a sala e atacou a professora e seus colegas. 

Em outro registro, uma professora de educação física imobiliza o aluno para salvar uma das vítimas. Um dos alunos ficou levemente ferido ao tentar socorrer a professora. 

Os pais ficaram em total desespero na porta do colégio enquanto buscavam informações dos seus filhos. Os alunos que vivenciaram o ataque relataram os momentos de pânico. Eles falaram que, quando a confusão começou, eles correram e se esconderam. Nas salas, estudantes e professores fecharam as portas e reforçavam com mesas e cadeiras para que o agressor não entrasse. 

Racismo

Um dos estudantes relatou aos repórteres que estavam no local após o atentado que a motivação do ataque foi de cunho racista. O infrator teria brigado com outro estudante e o chamado de ‘macaco’ na semana passada. 

"Ele e o menino começaram a brigar porque ele chamou o menino de preto, macaco. O menino não gostou e partiu para cima dele. Ai a Bete, que é a professora separou. Hoje, esse menino que chamou o outro de macaco veio com uma e esfaqueou várias vezes", disse o garoto na entrevista. 

Os ataques ocorreram por volta das 7h20 da manhã, assim que as aulas iniciavam.